12.7.07

MINI

Reconhecido de imediato: compacto na frente, igualmente compacto na traseira, ainda assim com espaço de sobra para acomodar 4 pessoas confortavelmente. Este design faz do MINI único como as pessoas que o dirigem. Ele tinha tudo para passar despercebido pelo mercado quando foi lançado. A começar pelo tamanho. Mas virou uma lenda, que conquistou Hollywood, os Beatles e até mesmo a sisuda monarquia britânica. Um carro que ficou mundialmente conhecido pelo seriado Mr. Bean e pelas campanhas ousadas e criativas da agência americana Crispin Porter + Bogusky. -
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A história
Tudo começou quando o engenheiro de origem turca, Alec Arnold Constantine Issigonis, da montadora britânica Morris, foi convocado, em virtude da grave crise do petróleo no final da década de 50, a fazer um carro pequeno, com no máximo três metros de comprimento, que transportasse quatro adultos com relativo conforto, barato e que consumisse pouquíssima gasolina. Ele sabia que a quarta razão para se fabricar o carro era a que de fato importava. O carro, com o nome de código ADO 15 (sendo ADO a sigla de Austin Drawing Office, ou departamento de estudos da empresa, e 15 o número do projeto), foi desenhando e desenvolvido em tempo recorde. Dois protótipos foram construídos e em julho de 1958, Alec, convidou o diretor-gerente da montadora, Sir Leonard Lord, para testá-lo. O pequeno carro entusiasmou Sir Lord, que determinou sua produção imediatamente. Em 8 de maio de 1959 o mercado inglês conhecia um carrinho pequeno (media apenas 3,05 metros de comprimento), leve (pesava somente 620kg), com inovações como carroceria monobloco, motor transversal, tração dianteira, suspensão sem amortecedores e rodas de 10 polegadas, que se tornaria um ícone da indústria britânica. O Austin Seven impressionava pelo aproveitamento do espaço e pela estabilidade. Mas talvez a mudança de conceito mais admirável, e que fez dele uma lenda da indústria automobilística, tenha sido a utilização de solda externa da carenagem. Dividida em pequenas peças, podia ser toda encaixada pelos cantos. E manualmente. O resultado foi uma drástica diminuição dos custos. O MINI poderia chegar às lojas com um preço imbatível, pouquíssimo superior ao de produção. Era um automóvel genial, mas o sucesso não veio de imediato. Uma conta equivocada fez com que os primeiros lotes do carro fossem ofertados com preço abaixo de custo, e as perdas da BMC foram bastante razoáveis. O sucesso de público e crítica somente piorava a situação. E a direção da empresa pensou em acabar com o projeto.
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A década seguinte seria de redenção para a British Motor Company. O público estava dividido. Mas seu poder de sedução era tão grande que aqueles que o compravam, espalhavam a boa notícia das qualidades daquele carrinho tão simpático. Sua crescente popularidade coincidiu com os “loucos” anos 60, transformando-se em objeto do desejo de artistas de cinema e consagrando-se em uma seqüência célebre de perseguição no filme The Italian Job (1969), com Michael Caine e Margaret Blye. Agilidade sempre foi o forte do carrinho. Ele era capaz de vencer as mais estreitas ruelas européias, podia ser manobrado no espaço de meia rua e cabia em qualquer lugar. É preciso que se admita: o carro de Sir Alec deve muito de seu sucesso a um adjetivo pouco convencional, chamado na época de “classlessness”. Decididamente criado para as massas, o MINI era tão carismático que, no início dos anos 60, já contava entre seus fãs com duas instituições britânicas. Acostumada com Rolls-Royce e Bentley luxuosíssimos, a Rainha Elizabeth II tinha um MINI prateado. Os Beatles também circulavam com o carrinho. Era um carro excelente para disputar provas de velocidade. Uma questão de tempo até aparecer alguém disposto a fazer algumas modificações e colocá-lo à prova. O rapaz se chamava John Cooper, filho de Charles Cooper, dono da Cooper Car Company, especializada em carros de corrida. Assim que o primeiro lote do automóvel ficou pronto, o empresário adquiriu algumas unidades para testes. Primeiro turbinou o motor, subindo a potência para 997 cilindradas. Também mudou o sistema de freios, e rebaixou o chassi para dar mais estabilidade. Foi o grande vencedor do Rali de Monte Carlo de 1964. A imprensa européia estampava manchetes alucinadas: “Um milagre sobre rodas”. O sucesso do modelo de Cooper foi tamanho que a fábrica resolveu colocá-lo à venda. Em 1964, foram vendidas mais de mil unidades. Quando a linha de montagem do MINI Cooper fechou as portas, em 1967, o carro contabilizava mais de 12 mil unidades vendidas. Nesse meio tempo, John Cooper aproveitou para criar um outro modelo ainda mais esportivo, com 1.071 cilindradas. Ficou conhecido como MINI Cooper S (de Sport), vendendo mais de 4 mil unidades em menos de um ano. A globalização do MINI conheceria seu ápice em 1972, quando o modelo Cooper passou a ser fabricado pela fábrica Innocenti na Itália. Nascia o Innocenti Cooper, um mito de Milão à Sicília. Nesta época, o pequeno automóvel já ocupava a garagem de mais de 3 milhões de consumidores, sendo produzido sob licença na Austrália, Portugal e Itália e também na África do Sul, Chile, Uruguai, Espanha, Venezuela e Iugoslávia. Outro fato interessante da época é que, segundo estimativas da fábrica, as mulheres respondiam por 50% das vendas. O aniversário de 25 anos – em 1984 – foi comemorado com uma versão especial, equipada com rodas de 12 polegadas. Daí em diante, o tempo passaria rápido, com incrementos na segurança e conforto. Foi somente no ano de 2000 que o pequeno automóvel saiu de cena para dar lugar ao novo MINI, reinterpretado e fabricado com a chancela da BMW. A marca e o modelo são as únicas heranças da britânica Rover, após sua venda para o grupo alemão em 1984. O carro era tão apaixonante, a ponto da BMW ter vendido a Rover, mas ter mantido os direitos sob a marca MINI. O novo modelo era sucessor direto do clássico de 1959. Essa nova geração unia tecnologia de ponta, modernos e eficientes padrões de segurança e qualidade, assim como a tradição dos valores da marca MINI, tais como otimização do espaço interior aliado a um exterior de dimensões compactas. O novo modelo foi totalmente desenvolvido na Europa, com design e engenharia elaborados na Alemanha e Reino Unido, sendo produzido segundo os padrões de qualidade do Grupo BMW. A maior diferença para o MINI clássico era mesmo o preço. O carro agora valia o peso de sua história mítica. A fim de distinguir o novo modelo do antigo, passou-se a denominar MINI (com letras maiúsculas). Em 2001, para incrementar ainda mais seu valioso produto, a montadora apresentou um modelo mais potente e esportivo, o MINI Cooper S, um carro com ar mais agressivo e um motor mais potente. Três anos depois surgia a versão conversível, chamada MINI Cooper Cabrio.
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A linha do tempo
1959

No dia 26 de agosto de 1959 o MINI foi apresentado ao público curiosamente com dois nomes, Austin Seven e Morris Mini Minor, à venda por £496.
1961
Lançada simpática perua Countryman, que, dependendo do acabamento, trazia decoração com madeira nas laterais e, derivada desta, veio a Traveller, versão rústica para trabalho e transporte leve que tinha chapas no lugar dos vidros traseiros.
Lançada em janeiro a versão caminhonete, chamada de Mini Pick-up.
● A primeira versão esportiva, Mini Cooper, é introduzida no mercado.
1962
Em janeiro o Austin Seven passa a ser conhecido oficialmente como o Austin Mini.
Pat Moss e Ann Wisdom vencem o Tulip Rally em maio, dando ao Mini a sua primeira vitória internacional em ralis, que é seguida pelas vitórias nos ralis de Baden-Baden e Genebra.
1963
Introduzido o Mini-Cooper S, com um motor de 1071cc, versão mais potente do carro.
1965
O milionésimo Mini é vendido, agora com bancos reclináveis.
1964
Lançamento do jipinho Mini Moke, destinado em princípio ao uso militar para pára-quedistas. Foi recusado pelas forças armadas por ser baixo e não ter opção de tração nas quatro rodas. Mas na versão civil, com capota de lona, fez enorme sucesso na Austrália, África do Sul, na Costa Azul francesa e na Califórnia.
1969
● Mini Clubman
, versão com a frente mais reta, grade retangular e faróis integrados, é introduzido, assim como os acessórios opcionais de vidros elétricos e vidro traseiro aquecido.
1970
Os emblemas da Austin e da Morris desaparecem do novo modelo. A partir de agora os carros chamam-se simplesmente Mini.
1976
Lançada a primeira edição especial do Mini (possivelmente a primeira edição especial de todos os fabricantes de automóveis) sob a forma de Mini 1000 Special.
1979
Para celebrar o 20º aniversário do Mini é lançado o 1100 Special, disponível em nas cores cinza prateado e rosa metalizado. Inicialmente estava planejada a produção de apenas 2.500 unidades, que mais tarde chegou a 5.000, devido à extrema popularidade do carro.
1983
Em 17 de outubro é lançado o Mini Sprite SE. Com uma produção limitada a 2.500 unidades, incluía rodas de liga leve com abas mais largas.
1991
● Mini Cooper 1.3i
é introduzido em outubro, distinguível pelos novos faróis adicionais, faixas no capô e um motor com injeção.
● Mini Cabriolet (versão inteiramente conversível com rodas de alumínio, pneus de perfil baixo, faróis auxiliares, spoiler dianteiro e interior muito luxuoso) e o exótico Mini Neon são lançados.
2000
No dia 4 de outubro sai da linha de produção o último MINI.
2001
É apresentado pela BMW o novo MINI, agora escrito com letras maiúsculas.
Lançamento da versão conversível chamada MINI COOPER CABRIO.
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Culto a marca
Os automóveis da marca MINI se tornaram um objeto cultuado e muito exclusivo, não somente em relação ao preço, mas por ser uma recriação retrofuturista do antigo MINI Cooper. Agora sob chancela do Grupo BMW, o MINI Cooper vem ao encontro dos motoristas mais entusiastas, que vêem no MINI um veículo atraente, emocionante e bem adaptado ao ambiente urbano, tendo um posicionamento único no mercado de automóveis de pequeno porte. A conjugação de elementos cromados com as formas arredondadas da carroceria revelam um equilíbrio perfeito. O MINI é ágil e divertido de dirigir. O MINI é ágil e divertido de dirigir. Esse divertimento ao conduzi-lo foi um critério inerente ao desenvolvimento do produto/marca. É comum nos Estados Unidos e Europa ver atores, atrizes e personalidades famosas circulando a bordo do pequeno carro.
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Campanhas que fizeram história
O casamento perfeito entra a marca MINI e a agência americana Crispin Porter + Bogusky, foi um fator determinante, principalmente nos Estados Unidos, para o status alcançado pela marca. Essa parceria já rendeu peças publicitárias geniais e campanhas super criativas, tornando-se um grande case de marketing. Os automóveis da marca MINI são conhecidos pelo seu tamanho diminuto. As campanhas publicitárias criadas para o veículo quase sempre enfatizam a facilidade de se estacionar e a praticidade de se entrar em qualquer lugar, mas sem deixar de lado a potência do carro. As campanhas criativas começaram com o lançamento do MINI Cooper em 2002 e imortalizaram, não somente o slogan “Let’s Motor”, mas a utilização criativa de diversos tipos de mídias. Algumas das peças podem ser visualizadas abaixo (clique nas figuras para aumentar).
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Outra campanha de sucesso ocorreu na Europa em 2001, quando Jean-Remy Von Matt, sócio da agência de publicidade alemã Jung Von Matt, criou o slogan “Is It Love?” para o relançamento do novo MINI na Europa e Ásia.
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A marca no mundo
A marca comercializa seus automóveis em 42 países ao redor do mundo, tendo na Europa seu maior mercado. Com a infindável escolha de equipamentos e acessórios de série, assegura-se que em cada 200 mil MINI que saem das linhas de produção, somente dois são absolutamente idênticos. No total, o MINI oferece mais de 250 opções de acessórios. A fábrica de Oxford tem capacidade para produzir 700 veículos por dia. A MINI ocupa a posição de 22 no ranking das marcas mais influentes do mundo.
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A marca em imagens
Clique nas imagens abaixo para ampliar e conhecer um pouco mais sobre a marca MINI.
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Você sabia?
Foram vendidos mais de 6 milhões em quatro décadas de produção. Somente em 2005 foram vendidos 200.400 unidades, sendo a primeira vez que a marca ultrapassou a barreira dos 200 mil veículos comercializados em um único ano.
O MINI ficou conhecido também por ser o favorito de algumas personalidades como Steve McQueen, Paul Newman e os Beatles. Até mesmo Enzo Ferrari circulava com um exemplar.
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Visite: www.mini.com