10.7.07

STARBUCKS

Vender cafezinho nos Estados Unidos virou um case de sucesso empresarial e editorial. Tudo em virtude da STARBUCKS. Os especialistas em marketing acreditam que a marca tenha potencial para se tornar igualmente poderosa quanto a Coca-Cola. A história da marca é uma das mais notáveis do mundo dos negócios nas últimas décadas; ela mudou o modo americano de consumir café, transformando o produto em uma obsessão nacional e a marca no maior símbolo global consumista cafeínado do momento.
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A história
A trajetória do STARBUCKS COFFEE começou em 1971 na região portuária da cidade de Seattle com a inauguração de sua primeira loja dentro do shopping Pike Place, pelos professores Jerry Baldwin e Zev Siegel, e o escritor Gordon Bowker, todos apaixonados por café. Os três sócios foram inspirados por Alfred Peet, fundador do Peet’s Coffee & Tea, um pequeno estabelecimento que vendia cafés e chás. A princípio, a empresa vendia apenas grãos de café de alta qualidade provenientes de várias partes do mundo. A marca teve seu nome inspirado em parte pelo personagem Starbuck do livro Moby Dick, escrito pelo autor nova-iorquino Herman Melville em 1851, e seu logotipo era o desenho de uma simpática sereia marrom bem mais rudimentar que a sereia verde dos tempos atuais. O nome e a simbologia mística da sereia pareciam apropriados para uma loja que importava os cafés mais finos do mundo para a população de Seattle. A história da marca começou a mudar quando, em 1982, mesmo ano em que a STARBUCKS começou a fornecer café para bares e restaurantes finos, Howard Schultz ingressou na empresa como diretor de operações e marketing. Após uma viagem à Milão em 1983, Schultz sugeriu que a empresa passasse a vender cafés expressos além de sementes, depois de impressionar-se com a popularidade dos chamados “Expresso Bars” na cidade italiana. Os proprietários rejeitaram a idéia, acreditando que isso mudaria drasticamente o foco da empresa, pois café até então era algo que deveria ser feito em casa. Certo de que havia muito dinheiro a ser ganho vendendo café expresso para os americanos, Schultz fundou em 1985 o Il Giornale, um bar-café na periferia de Seattle. O sucesso foi tão grande que em 1987 Schultz comprou a empresa, que contava com seis unidades, por US$ 4 milhões, trocando a marca Il Giornale pela STARBUCKS, que rapidamente começou a se expandir inaugurando as primeiras lojas fora de Seattle na cidade Chicago, estado do Illinois, e Vancouver, no Canadá, totalizando ao final deste ano 17 unidades em funcionamento. Em 1988, já com 33 lojas, a marca introduziu o sistema de venda por catálogo de seus produtos no país inteiro. A década de 90 começou com a inauguração da primeira loja licenciada dentro do aeroporto na cidade de Seattle. Em 1993 iniciou uma parceria inovadora com a rede de livrarias Barnes & Nobles, abrindo pontos de café dentro das lojas. Foi em 1996 que a empresa resolveu ser agressiva em seu plano de expansão, inaugurando lojas no Hawaii, Cingapura e Japão, que se tornaria o maior mercado estrangeiro da marca. Depois da Ásia, a empresa ingressaria no Oriente Médio em 1999, na Europa em 2001 e na América Latina em 2002, com a abertura de cafeterias em Porto Rico e no México, e finalmente em 2006 no Brasil. Entre as adaptações feitas para a operação brasileira estão a adição do pão de queijo e muffins salgados. Outro diferencial é a opção de um blend diferenciado para o expresso, chamado de “Brasil Blend”. A STARBUCKS oferece atualmente em suas lojas, além de cappuccinos, cafés e derivados, conexão wireless à internet e salas de música para gravação e compra de CDs. O sucesso dos CDs foi tanto que a empresa passou a lançar faixas exclusivas e também criou um selo próprio, chamado Starbucks Hear Music, com artistas exclusivamente contratados.
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Os grãos de café da STARBUCKS são torrados em uma dentre quatros unidades de torrefação, localizadas em Kent, estado de Washington; York, estado da Pennsylvania; Carson Valley, estado de Nevada e Amsterdã na Holanda. Os grãos torrados são embalados em uma bolsa contendo uma válvula que permite aos grãos continuarem a emitir gases dentro da embalagem sem danificá-la.
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A linha do tempo
1995
Introduziu o Frappuccino, uma bebida feita à base de café cremoso com baixo colesterol. A novidade seria eleita em 1996 “O melhor produto novo do ano” nos Estados Unidos.
Introduziu, através de uma parceria com a Dreyer's Grand Ice Cream, o sorvete STARBUCKS Superpremium Ice Cream. Depois de apenas 8 meses no mercado, o produto já era o sorvete de café mais vendido do país.
Passou a oferecer dentro de suas lojas a venda de CDs.
1997
Lançou no mercado a STARBUCKS Barista, uma máquina de café expresso doméstica.
1998
Em parceria coma empresa Kraft Foods seus cafés começam a ser vendidos em supermercados, mercearias e lojas de conveniência.
1999
Adquiri a empresa TAZO TEA COMPANY, tradicional produtora de chá de alta qualidade. O nome TAZO passa a ser sua marca de chá dentro das lojas.
2000
Introduziu a Commitment to Origins, uma categoria de cafés orgânicos com certificado de procedência.
2001
Introduziu o STARBUCKS Card, uma espécie de cartão recarregável para ser utilizado em suas lojas.
2002
Introduziu o STARBUCKS DOUBLESHOT, um drinque pronto para beber feito a base de café com o slogan “Starbucks DoubleShot. Bring on the day”.
Passou a oferecer dentro de suas lojas conexão sem-fio (wireless) de alta velocidade à Internet.
2004
Inovou ao oferecer dentro de suas lojas o serviço de gravação de CDs com músicas escolhidas pelo próprio consumidor.
Introduziu o Frappuccino na versão light.
2005
Introduziu os licores de café e cremoso em parceria com a empresa Jim Beam Brands Co.
Lançamento da bebida Chantico, feita com manteiga de cacau e leite.
Criando mais opções aos consumidores a empresa introduz alguns itens como sanduíches e um cardápio de café da manha.
2006
Introduziu o STARBUCKS DoubleShot Light.
Introduziu o STARBUCKS Iced Coffee, uma bebida gelada á base de café com um pequeno toque de leite.
Introduziu o Frappuccino Juice, uma bebida que mistura chá com frutas frescas.
A empresa passa a oferecer o Rwanda Blue Bourbon Black Apron Exclusives, um dos mais antigos e raros tipos de café do mundo proveniente das terras altas de Ruanda na África.
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Um lugar especial
A STARBUCKS procura criar em suas lojas o conceito de um “terceiro lugar” (após a casa e o trabalho) para se passar o tempo, com áreas confortáveis equipadas com sofás e poltronas macias, tomadas elétricas para utilização de computadores portáteis, além de acesso sem fio à Internet. Tudo para criar um ambiente com serviços que vão muito além de apenas tomar um café. Segundo a empresa, para manter o aroma do café, é proibido fumar em praticamente todas as suas lojas. Porém, existem exceções como na Alemanha, onde existem poucas restrições ao ato de fumar. Em algumas lojas fumar é permitido em áreas separadas por portas duplas, em um pavimento superior ou em áreas externas. Pelo mesmo motivo os funcionários são proibidos de trabalhar com perfumes fortes.
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Os copos
A STARBUCKS é conhecida pelo jargão de seu cardápio, substituindo os tradicionais tamanhos “pequeno”, “médio” e “grande” por “Tall”, “Grande” e “Venti”. Os tamanhos originais de copos eram dois: Short e Tall. Quando ampliaram a oferta de tamanhos escolheram as palavras italianas grande e venti (de vinte, referente às vinte onças líquidas de capacidade do copo). Um tamanho menor, denominado “Short”, com 236ml, pode ser pedido em qualquer loja STARBUCKS, mas não é listado nos cardápios. Em alguns países, o copo Short é chamado de Alto ou Piccolo. O copo Tall pode ser encontrado como Mezzo em alguns países, mantendo a nomenclatura de inspiração italiana. Adicionalmente, como em outras cafeterias, a maioria das bebidas pode ser personalizada de alguma maneira – usando por exemplo leite desnatado ou de soja ao invés do leite integral – Sabores (ou xaropes) e chantilly podem ser acrescentados; cappuccinos podem ser feitos com mais (“seco”) ou menos espuma (“úmido”). Outras opções estão disponíveis de acordo com a loja.
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A evolução visual
O atual logotipo da empresa é uma sereia com duas caudas. Porém com o passar dos anos o logo foi sendo modificado e simplificado. Na primeira versão, a sereia exibia os seios e suas caudas eram totalmente visíveis. Na segunda versão, seus seios foram cobertos com cabelos, enquanto seu umbigo ainda podia ser visto. Na versão atual, os seios e o umbigo não são visíveis e das caudas restam apenas a seção final. O logo original ainda pode ser visto na loja em Pike Place Market e nas embalagens do blend de aniversário.
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O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca STARBUCKS está avaliada em US$ 3.63 bilhões, ocupando a posição de número 88 no ranking das marcas mais valiosas do mundo, além de ocupar a posição de número 4 no ranking das marca mais influentes do mundo.
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A marca no mundo
Atualmente a empresa opera mais de 13 mil pontos de vendas em 43 países, empregando 147 mil pessoas, com movimento semanal em torno dos 40 milhões de consumidores e faturamento de US$ 7.7 bilhões. O café da STARBUCKS não está presente somente nas lojas; ele pode ser encontrado em companhias aéreas (em parceria com a United Airlines e a Horizon Air), em navios de cruzeiros, hotéis (rede Hyatt), livrarias (Barnes & Nobles), estádios, supermercados e na Internet.
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A marca em imagens
Clique nas imagens abaixo para ampliar e conhecer um pouco mais sobre a marca STARBUCKS.
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Você sabia?
A STARBUCKS, maior rede mundial de cafeterias, lidera o mercado de torrefação e varejo de cafés especiais, oferecendo mais de 20 variedades de cafés, dos mais simples até os mais elaborados, como os servidos gelados. Seus produtos possuem qualidade premium e um preço superior. Nas grandes cidades norte-americanas, a marca é uma presença constante. Em cidades como Nova York e Washington, existe praticamente uma unidade em cada esquina.
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