22.8.07

ROLEX

Dizem que se alguém não tiver um ROLEX no pulso, na verdade não há pulso. E tecnicamente se não há pulso a pessoa está morta. Você algum dia já ouviu alguém dizer que um ROLEX falhou? Pois é, um ROLEX nunca falha. Verdade? Talvez sim, talvez não, o fato é que ele é conhecido por nunca falhar. Ver as horas em um ROLEX é apenas um detalhe.
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A história
Em 1905, depois de estágios em relojoarias da Suíça, o alemão Hans Wilsdorf fundou com seu cunhado, o inglês Alfred Davis, a empresa Wilsdorf & Davis. Sediada em Londres, a empresa importava, montava e distribuía relógios com mecanismos suíços. O grande sucesso teve início com decisão tomada por Wilsdorf em especializar-se somente em relógios de pulso no ano seguinte, um mercado emergente naquela época. A produção incluía uma variedade de desenhos de caixas: casuais, formais e esportivos. Estes modelos eram vendidos para joalheiros, que posteriormente colocavam sua marca nos relógios. Em 1908 o nome Rolex foi adotado por ser de fácil pronúncia em todos os países da Europa e curto o suficiente para se adequar a um mostrador de relógio. A escolha do nome foi arbitrária, sem nenhum significado em especial, sendo a primeira marca a utilizar o sufixo “ex”. Em 1910, Wilsdorf mandou um de seus relógios para ser testado na Escola de Horologia da Suíça. A ele foi concedida a primeira classificação de cronômetro para um relógio de pulso do mundo. Outra validação ocorreu em 1914, quando o Observatório Kew de Londres certificou um relógio de pulso ROLEX com sendo tão preciso quanto um cronômetro marítimo. Foi a primeira vez que um relógio de pulso recebeu o status de “cronômetro” - uma classificação que, mesmo nos dias de hoje, é obtida por relativamente poucos relógios. Ele reconhecia como as principais necessidades de um relógio: primeiramente manter a hora precisa. E segundo ser confiável. Com o prêmio de “Cronômetro”, a exatidão da medida do tempo foi considerada como sob controle, e Wilsdorf começou a trabalhar na melhoria da confiabilidade de seus relógios. Um dos principais problemas daquele tempo era a poeira, o calor e a umidade que entravam progressivamente, através do fundo da caixa e da coroa, danificando os intrincados movimentos mecânicos. Para resolvê-lo, desenvolveu uma revolucionária coroa com dupla trava que era rosqueada na caixa como uma escotilha de um submarino para criar um selo hermético. Era o surgimento, em 1926, do modelo OYSTER, primeiro relógio a prova d’água do mundo. O nome foi dado quando Wilsdorf relembrou sua dificuldade em abrir uma ostra em um jantar. O primeiro relógio à prova de água foi inteligentemente anunciado ao redor do mundo. Naquele tempo, o público era particularmente cético se o relógio seria realmente à prova de água. Contudo, após ver um relógio dentro de um aquário em uma vitrine, muitas pessoas eram convencidas. Esta campanha gerou uma enorme divulgação da marca ROLEX.
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Outro episódio que gerou divulgação para a marca ocorreu, quando no ano seguinte, uma jovem nadadora, chamada Mercedes Gleitzer, cruzou a nado o Canal da Mancha com um Rolex Oyster no pulso. Para divulgar o grande feito, Wilsdorf, colocou uma foto da nadadora no jornal Daily Mail, ressaltando o feito com a frase “O maravilhoso relógio que desafia os elementos: à prova de umidade. À prova de água. À prova de calor. À prova de vibração. À prova de frio. À prova de poeira”. Se o primeiro Oyster tinha um defeito, este era a sua coroa. O relógio era hermético apenas quando a coroa estivesse rosqueada. Para desencorajar as pessoas de brincarem com a coroa, Wilsdorf veio com uma outra inovação que impulsionou a indústria ainda mais à frente. Em 1931 inventou o rotor “perpétuo”, que literalmente dava corda ao relógio a cada movimento do pulso do usuário através de uma placa de metal semicircular que sob a ação da gravidade, movia-se livremente para carregar a corda do relógio. O primeiro relógio automático de sucesso tornou-se a pedra fundamental do império ROLEX. O modelo Oyster Perpetual é o que realmente faz um ROLEX ser um ROLEX. Este modelo já sobreviveu às profundezas do oceano com Jacques Piccard e à conquista do Everest com Sir Edmund Hillary. Ele manteve a sua precisão em temperaturas abaixo de zero no Ártico, no escaldante Saara e na ausência da gravidade do espaço. Ele ignorou acidentes de aviões, naufrágios, acidentes de lanchas, quebrou a barreira do som e foi ejetado de um caça a 22.000 pés. Quando chegou a Segunda Guerra Mundial, o nome ROLEX tinha tanto prestígio na Grã-Bretanha que os pilotos da Real Força Aérea (RAF) rejeitavam relógios inferiores distribuídos pelo governo e usavam seus soldos para quase esgotar o estoque inglês do ROLEX Oyster Perpetuals. A gentileza era devidamente recompensada: qualquer prisioneiro de guerra britânico cujo ROLEX fosse confiscado precisava apenas escrever para Genebra para receber sua reposição. Soldados ianques voltavam para casa com um novo souvenir em seus pulsos. E assim o romance dos Estados Unidos com a ROLEX começou. A fama da marca aumentou ainda mais, e ROLEX tornou-se um grande símbolo de status. Em 1953, membros de uma vitoriosa expedição ao monte Everest, chefiada por Sir John Hunt, usaram o Rolex Oyster em mais um grande teste para a marca. Embora tenha vivido em Genebra por 40 anos, Wilsdorf nunca se tornou um cidadão suíço. Ele morreu como britânico em 1960. Dois anos após a sua morte, o quadro de diretores da empresa nomeou André Heiniger, aos 41 anos de idade, como o novo diretor geral da empresa. Tendo trabalhado com Wilsdorf por 12 anos, ele compartilhava a visão de seu patrão para a empresa, bem como seu alto nível de energia. Todos estes traços provaram-se inestimáveis quando a indústria relojoeira suíça encontrou-se caindo no esquecimento. A explosão do quartzo no final da década de 60 quase varreu o relógio mecânico da história. Com a substituição do trabalho intensivo do artesanato pela tecnologia digital de baixo custo, os japoneses deixaram a indústria suíça em estado crítico. Enquanto a maioria das relojoarias de Genebra, embarcavam febrilmente na moda do quartzo, a ROLEX resolutamente se agarrava às suas armas mecânicas. Quando a poeira assentou, mais da metade dos produtores de relógios de Genebra havia falido. Um terço dos sobreviventes, incluindo nomes de prestígio tais como Omega, Longines, Tissot e Rado, foram incorporados por consórcios de investidores privados para evitar a falência. Este destino não afligiria a ROLEX.
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A linha do tempo
1928
● ROLEX Prince
, com mostrador duplo e caixa retangular, se tornou um campeão de vendas.
1931
● ROLEX Perpetual R
otor, com mecanismo que viria a ser utilizado em todos os relógios do mundo.
1945
● ROLEX Oyster Datejust
, primeiro relógio a mostrar a data automaticamente.
1953
● ROLEX Oyster Submariner
, um relógio resistente até 200 metros de profundidade.
1954
● ROLEX Oyster GMT Master
, um relógio que possibilitava ver as horas em 2 zonas diferentes. Este modelo foi originalmente desenvolvido a pedido da companhia aérea Pan Am Airways, para assistir seus pilotos em vôos transcontinentais.
1956
● ROLEX Oyster Day-Date
, relógio que não só mostrava o dia do mês como também o dia da semana em 26 idiomas diferentes.
1961
● ROLEX Cosmograph Daytona
, primeiro relógio da série Oyster com cronógrafo. Este modelo, que possui mostrador chamativo com grandes índices, ficou famoso por ser usado pelo ator Paul Newman no final dos anos 60. Hoje, o modelo em aço inox com mostrador branco, igual ao que o ator utilizou é um dos relógios mais cobiçados dos Estados Unidos.
1971
● ROLEX Sea-Dweller 2000
, primeiro relógio de mergulho com garantia até 610 metros de profundidade.
1980
● ROLEX Sea-Dweller 4000
, primeiro relógio de mergulho com garantia até 1.220 metros de profundidade.
1992
ROLEX Yacht-Master, um relógio cronômetro que combina todas as qualidades da linha Oyster. A versão feminina e em tamanhos menores foi introduzida dois anos depois.
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A perfeição
Mais de 200 artesãos e técnicos trabalharão em um relógio antes que ele adquira a certificação da marca ROLEX. Antes de sair de Genebra, cada relógio é submetido a rigorosos e exaustivos testes de controle de qualidade. Cada mostrador, aro e coroa será checado e re-checado com relação a riscos, poeira e imperfeições estáticas. A distância microscópica entre os ponteiros de horas e minutos será caprichosamente calibrada para assegurar que permanecerão perfeitamente paralelos. Uma câmara pressurizada irá certificar que cada relógio seja impermeável até uma profundidade de 330 pés (os modelos para mergulho Submariner e o Sea-Dweeller são garantidos até 1000 e 4000 pés, respectivamente). E cada relógio deverá encarar um teste de precisão contra um relógio atômico. Apenas após passar por dezenas de testes um relógio recebe o selo ROLEX e pode ser colocado no mercado. Esta atenção ao detalhe limita a produção da ROLEX entre 650.000 e 800.000 relógios por ano, números baseados em uma estimativa da indústria.
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O marketing
Sua comunicação é baseada em patrocínios de eventos esportivos, associação com artes clássicas e reconhecimento de pessoas apaixonadas por aventura. A marca tem uma ligação muito forte com o esporte, utilizando isso como uma potente ferramenta de marketing. A ROLEX fez a sua estréia no esporte em 1927 quando a nadadora Mercedes Gleitze atravessou o Canal da Mancha usando um Rolex Oyster, o primeiro relógio verdadeiramente à prova d'água. Desde 1933 a empresa tem sido parceira de expedições ao Himalaia e em 1953 o Oyster Perpetual foi o primeiro relógio a alcançar o ponto mais alto do mundo, o Everest, quando Sir Edmund Hillary e o sherpa Tensing Norgay atingiram o cume. No iatismo, a parceria começou em 1958, na edição da Copa América em Newport, nos Estados Unidos, quando a empresa presenteou com relógios o defensor da Copa, como reconhecimento de sua conquista. Desde então a ROLEX está presente nos eventos mais importantes do mundo da vela, onde participam os melhores profissionais do esporte, grandes executivos além de nomes da realeza da Grã-Bretanha, Espanha, Dinamarca, Grécia e Noruega. A ROLEX tem parcerias exclusivas com importantes iates clubes do mundo, como o New York Yacht Club (EUA), o Royal Yacht Squadron (Reino Unido), o St. Francis Yacht Club (EUA), o Cruising Yacht Club of Australia, o Royal Hong Kong Yacht Club, a Société Nautique de St-Tropez (FRA) e o Real Club Nautico de Valencia (ESP). A Rolex tem hoje parcerias internacionais com cinco esportes: iatismo, golfe, tênis, hipismo e automobilismo. Os patrocínios esportivos são apenas para aqueles esportes clássicos, em 90% das vezes praticados individualmente, que exijam precisão e concentração, que tenham um forte relacionamento com a imagem da marca e do produto e que sejam conhecidos pelo extremo prestígio social, ou seja, são esportes como tênis, hipismo, iatismo, golf, etc. Os profissionais patrocinados são sempre os melhores do mundo em seus respectivos segmentos. O mesmo acontece com as artes clássicas, como teatro e concertos de piano e também com pessoas apaixonadas por aventura, como é o caso do homem que quebrou a barreira do som pela primeira vez usando um ROLEX.
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Os slogans

The Masterpiece of Watch Craftsmanship. (década 40)
The large ones of the world. (1950)
The Crown Of Achievement.
A Crown For Every Achievement.
(Uma Coroa Para Cada Realização)
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O valor
Segundo a consultoria britânica InterBrand, somente a marca ROLEX está avaliada em US$ 4.58 bilhões, ocupando a posição de número 71 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
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A marca no mundo
E empresa possui mais de 28 filiais no mundo, tendo seus exclusivos produtos vendidos em 4.000 relojoarias e joalherias em mais de 100 países com faturamento superior a US$ 3 bilhões.
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A marca em imagens
Clique nas imagens abaixo para ampliar e conhecer um pouco mais sobre a marca ROLEX.
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Você sabia?
Somente em 1925, depois de uma grande campanha publicitária, foi lançada a “coroinha” logotipo da ROLEX.
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